Um dos múltiplos desdobramentos da crise hídrica brasileira em 2014 foi a paralisação da Hidrovia Paraná-Tietê. Artéria fluvial responsável pelo escoamento de fração considerável da safra agrícola de grãos das regiões sudeste e centro-oeste do Brasil, a interrupção das atividades da hidrovia trouxe consigo inumeráveis problemas logísticos, econômicos e ambientais.
Em grande parte estes problemas reportam gerenciamento sofrível - ou simplesmente questionável - dos recursos hídricos brasileiros. País detentor de 20% do acervo hidrológico mundial, direcionar as causas das mazelas hídricas ao mau humor da natureza não faz sentido.
O que existe de correto é que ao arrepio das imensas possibilidades hidrológicas do país, os recursos hídricos tem sido malbaratados por políticas equivocadas, dentre estas as que regulamentam o preço da energia.
Não haveria como não registrar que o rebaixamento inquestionável dos reservatórios da Bacia do Prata possui relação umbilical com a política tarifária do governo Dilma Rousseff para a energia. Pelo que seria possível presumir, não existe recurso hídrico a prova de decisões irresponsáveis.
Este é um dos eixos da entrevista que concedi à TV Bandeirantes em 11 de Agosto de 2014. Um dentre muitos depoimentos que questionam a falta de visão de futuro dos governantes.
Depoimento de Maurício Waldman para a Rede Bandeirantes de Televisão pode ser acessado no link abaixo. Confira:
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