sábado, 15 de agosto de 2015

GRANDE FILME DE ARTE: O ANO PASSADO EM MARIENBAD


Distribuído em 1961 no circuito comercial como L'Année dernière à Marienbad (françês), como Last Year at Marienbad (EUA) e Last Year in Marienbad (Reino Unido), o filme obteve notória repercussão no público especializado, laureado com o Prêmio Leão de Ouro do Festival de Veneza.

O tema da película é a afeição de um homem apaixonado (interpretado por Giorgio Albertazzi) por uma misteriosa mulher de beleza sutil (Delphine Seyrig) em uma ilha dominada por um grande e requintado hotel.

Para muitos aficionados do cinema, o enredo surrealista do filme decorre do roteiro do filme ter sido baseado - ao menos em parte - na obra A Invenção de Morel, romance publicado em 1940 pelo também genial escritor argentino Adolfo Bioy Casares.

Há alguma verdade nesta consideração. A Invenção de Morel é uma narrativa sobre um fugitivo que escondendo-se numa ilha descobre que o local é habitado por pessoas anacronicamente vestidas.

Mais tarde, ele descobre que os habitantes são hologramas de um inventor, Morel, cujo aparelho de gravação capturou as representações exatas de um grupo de amigos, que foram montados por sua própria vontade.

A obra de Casares explica muito do que acontece em O Ano Passado em Marienbad. Daí que conhecer a obra do escritor argentino é essencial para compreender o filme.

Segue um fragmento da obra notável de Alain Resnais, rodada em PB (Preto e Branco) e conotada por uma brilhante fotografia:


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